Intraempreendedorismo ou Empreendedorismo
Corporativo
Dez passos para desenvolver o
empreendedorismo em sua organização, seja ela pública ou privada
“Todo empreendedor precisa de
duas coisas: acordar de manhã com desejo pelo desafio e terminar o dia com
reconhecimento pelo que foi feito." (Luiz Fernando Furlan)
O conceito de intraempreendedorismo, também denominado empreendedorismo
corporativo, foi apresentado em 1985 por Gifford Pinchot III, em sua obra
homônima cujo subtítulo dizia: “Por que você não precisa deixar a empresa para
tornar-se um empreendedor”.
De fato, a interpretação do empreendedor como sendo dono do próprio
negócio está ultrapassada. A visão coerente remete ao executivo capaz de agir
como se fosse um dos principais gestores de uma organização. Veja na sequência
dez requisitos para promover o intraempreendedorismo em sua corporação.
1. Espírito
empreendedor.
Significa desenvolver cultura de dono e perseguir o resultado. Uma empresa
privada deve ter como propósito fundamental ser lucrativa e rentável –
evidentemente não a qualquer preço. Uma empresa pública, por sua vez, deve
postular a excelência no atendimento à população e a boa gestão dos recursos.
2. Visão sistêmica. Combater a feudalização no ambiente profissional. Os
diversos departamentos ou setores de uma companhia não são mundos isolados e
dissociados. Por isso, deve-se estimular o trabalho em equipe com visão
holística. A frase “Isso não é da minha área” representa a heresia máxima a ser
superada.
3. Valores alinhados. Os princípios que guiam o processo decisório e
balizam o comportamento representam o caráter, a essência e o destino de uma
organização. Assim, valores pessoais e corporativos devem estar em sintonia,
definindo o perfil de quem pode e deve vestir a camisa da empresa.
4. Metas e
planejamento. Os
objetivos devem ser explícitos e compartilhados e o planejamento deve ser
tática, operacional e estrategicamente definido horizontalmente, e não “de cima
para baixo”.
5. Excelência. Dar um basta na mediocridade. O possível não é
admissível quando o melhor é esperado. O intraempreendedor não tem sua agenda
ditada pelo relógio ou pelo calendário, não se esquiva ou transfere
responsabilidades, não realiza ou delega tarefas apenas para ver-se livre.
6. Comprometimento. Remuneração adequada e atrelada a resultados,
programa de benefícios, plano de carreira, treinamento e desenvolvimento são
apenas pré-requisitos básicos a serem oferecidos aos colaboradores. A desejada
retenção de talentos demanda aspectos intangíveis como reconhecimento,
valorização, clima organizacional estimulante, espaço para a realização de
sonhos pessoais e celebração de conquistas.
7. Comunicação. Estabelecer parâmetros para uma comunicação
aberta, abrangente e objetiva, isenta de ambiguidades, onde opiniões são
ouvidas ativamente, debatidas sem censura e acolhidas por consenso.
8. Marketing. Difundir a compreensão básica de que o marketing
não é atribuição de alguns, mas responsabilidade de todos e a construção de uma
marca é um processo paulatino para gerar vínculo cognitivo e emocional com o
consumidor.
9. Inovação. Em um mundo comoditizado, onde produtos, serviços
e pessoas são tão semelhantes, a perenidade exige adaptação contínua, inovação
constante e diferenciação permanente.
10. Qualidade de
vida. O desequilíbrio entre vida
pessoal e profissional é a maior fonte de ansiedade e angústia dos
trabalhadores da atualidade. Proporcionar meios para que possam conciliar suas
“Sete Vidas” (física, afetiva, profissional, cultural, social, material e
espiritual) é o melhor instrumento para sua fidelização.
Por fim, um aspecto
essencial deve ser considerado. As
tarefas e as metas não podem ser um fardo; o ambiente e as pessoas não podem
ser desagradáveis. Assim, a paixão verdadeira pelo trabalho deve ser o
combustível a motivar empreendedores e intraempreendedores em sua jornada
diária em busca de edificar grandes realizações e deixar um legado autêntico e
inspirador.
Fonte:
Administradores.com - Tom Coelho (www.contadores.cnt.br/portal/noticia)