GOVERNANÇA CORPORATIVA SIMPLIFICADA
Governança Corporativa é o
conjunto de processos, costumes, políticas, leis, regulamentos e instituições
que regulam a maneira de como uma empresa é dirigida, administrada ou
controlada. É a maneira de como o poder é exercido.
Abaixo
segue matéria que lista pontos importantes para estruturar a GOVERNANÇA
CORPORATIVA SIMPLIFICADA em sua empresa, extraído do site www.contadores.cnt.br.
Governança Corporativa
PME – Pequenas e Médias Empresas
Conheça os
10 pontos importantes que vão ajuda-lo a estruturar o seu projeto de governança
corporativa básica.
Em primeiro lugar, vale dizer que não é mais
necessário inventar a roda. Depois de tudo o que já vivemos e conquistamos,
basta utiliza-la com sabedoria. O termo “governança corporativa” ainda assusta,
entretanto, é mais simples do que se imagina.
Na definição do
IBGC – Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa, o termo define bem o sistema pelo qual as
sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre
Acionistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho
Fiscal.
De maneira geral, as boas práticas de governança
corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu
acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade com base em quatro
princípios importantes:
1) Transparência;2) Equidade;
3) Accountability (prestação responsável de contas);
4) Responsabilidade corporativa.
Obviamente, uma PME (Pequena
e Média Empresa) não
consegue levar isso ao pé-da-letra, entretanto, precisa pensar sobre isso. Como
eu digo sempre, quando você é pequeno, ninguém se importa, entretanto, quando
você começa a incomodar os grandes, eles vão querer bater em você o tempo todo.
O papel da
governança corporativa é simples e diz respeito ao seguinte:
1) Administração de riscos: Qual é o
investidor ou o sócio que vai colocar dinheiro no negócio para perder;
2) Perenidade: Ninguém
deseja abrir uma empresa para fechar daqui a cinco ou dez anos;
3) Poder
compartilhado:
Distribuição ponderada da autoridade e da responsabilidade entre diferentes
sócios, executivos e membros do conselho;
4) Geração
de valor:
O que a empresa vai produzir de fato para todos os stakeholders (sócios,
clientes, governo, empregados, fornecedores e a sociedade em geral).
Em geral, as PMEs não têm cultura nem dinheiro para
implantar um sistema básico de governança corporativa, pois, grande parte delas
precisa concentrar o seu tempo nas necessidades mais prementes e na
sobrevivência do negócio.
Tudo isso é importante e necessário, mas como fazer
para implantar a ideia na sua empresa? A voz da experiência: Vá por
partes, mas não deixe de fazê-lo. A maioria das grandes empresas começou da
mesma maneira e evoluiu com o tempo.
O modelo IBGC seria ideal, porém, como eu disse
anteriormente, pensar em governança ao mesmo tempo em que você tenta sobreviver
no mercado não é fácil. Pensando nisso, eu desenvolvi um Sistema de Governança Corporativa
Simplificado, o qual poderá ser implantado por etapas.
Na medida em que a empresa for crescendo, não tem
como fugir disso, porém, se você tentar implantar tudo de uma vez, há uma
grande chance de se perder no caminho e se desmotivar. Para evoluir nos
negócios é necessário evoluir também na gestão.
Vejamos os principais pontos a serem abordados:
1) Acordo
Societário:
É a primeira coisa que você deve se preocupar quando têm sócios; retiradas,
pró-labores, entrada e saída da sociedade, admissão ou não de parentes; é, em
geral, o ponto da discórdia em caso de dissolução da sociedade.
2) Estrutura
Organizacional: O mínimo que se deve fazer para evitar
sobreposições de cargos e funções; quais são os níveis hierárquicos necessários
para que cada um saiba exatamente o seu papel na empresa.
3) Matriz
de Responsabilidade: Quem faz o quê? Quem responde a quem? Qual é o
papel de cada área definida na estrutura organizacional?
4) Planejamento
Estratégico:
Quem não sabe para onde vai qualquer lugar serve; visão, missão, valores,
diretrizes principais; objetivos, metas, indicadores, plano de ação; o seu
posicionamento estratégico no mercado?
5) Políticas
Organizacionais: Todas as áreas precisam definir suas regras ou
diretrizes de relacionamento com clientes, fornecedores, empregados e sócios;
sem padronização não há coesão.
6) Processos
bem definidos:
A maneira como as coisas devem ser feitas para não criar dependência das
pessoas; o modus operandi de cada processo ou atividade dentro de
determinados padrões de qualidade e eficiência;
7) Plano
de Cargos e Salários: Pode estar inserido na política de recursos
humanos e quando não existe, os critérios de admissão, treinamento, promoção e
demissão ganham um caráter injusto e subjetivo incapaz de atender os interesses
internos.
8) Controle
e Monitoramento: Quais os principais indicadores de sucesso do
negócio? Você tem um ERP (software) básico para controle das suas operações? O
seu contador aparece de vez em quando para discutir os resultados? Sua empresa
tem um sistema de controle de relatórios gerenciais? Você compartilha os
resultados com a equipe?
9) Conselho
de Administração: Você não precisa necessariamente montar um
conselho como recomenda a Lei das S/A, entretanto, se os negócios estão em
família, isso não o impede de reunir os membros periodicamente para discutir os
resultados e definir os rumos do negócio; a prestação responsável de contas
recomenda que tudo seja compartilhado, não apenas os resultados, mas a
atribuição de responsabilidades.
10) Auditoria: Quer
estabelecer um caráter de seriedade para o negócio? Já pensou em submeter o
negócio a uma Auditoria Externa uma vez por ano? Faça isso não apenas para
demonstrar a seriedade, mas para corrigir as falhas que, mais dia, menos dia,
tendem a atrapalhar o desenvolvimento do negócio.
Na prática, não basta dizer que tem, mas é
necessário demonstrar todos os dias que a gestão da empresa não se restringe
apenas a um ou outro sócio. Empresas responsáveis demonstram isso por meio de
prestação de contas e compartilhamento das informações com frequência a fim de se manterem vigilantes
perante as incertezas do mercado.
Pense nisso e empreenda mais e melhor!
Fonte: Administradores.com A matéria aqui apresentada foi
retirada da fonte acima citada, cabendo o crédito à Jerônimo Mendes. http://www.contadores.cnt.br/
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